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Um dia de merecida glória para um líder

Fonte: ligaagencia/adrianofontesfoto

 

O dia 04 de novembro de 2023 foi de alegria para grande parte dos brasileiros que verdadeiramente curte o futebol e torce, de maneira saudável e alheia a revanchismos, pelo sucesso das pessoas.

Após 121 anos de sua fundação, o Fluminense sagrou-se, em pleno Maracanã, campeão da Copa Libertadores da América.

Em uma final emocionante, superou o respeitado Boca Juniors, da Argentina, por 2 a 1, com gol e expulsões na prorrogação, em um roteiro digno de final de campeonato.

E por falar em roteiro, fiquei especialmente feliz por uma pessoa, o técnico Fernando Diniz.

Aprecio a história dos grandes líderes e busco nelas a inspiração para orientar minha vida e realizar meus trabalhos. Acredito que a liderança é um alicerce fundamental da construção de uma sociedade melhor e quando vejo despontar uma liderança especial, gosto de acompanhar sua trajetória para aprender com ela.

E Fernando Diniz é um líder especial!

Comecei a me interessar pela personalidade dele quando chegou para treinar o meu time do coração, o São Paulo, em 2019.

Me chamou a atenção o seu discurso, sempre coerente e constante, de um jogo de futebol mais organizado e obediente taticamente, ao invés dos chutões e do deus nos acuda a que nos acostumamos desde que o futebol virou mais físico do que técnico.

Assisti a várias de suas entrevistas coletivas, nas vitórias, empates e derrotas, para entender a lógica do seu jeito de pensar, e o que vi foi um homem sempre a defender suas convicções em todos os cenários e manter-se coerente aos seus valores independentemente do contexto.

Tenho certeza de que Diniz é um grande líder e que terá ainda muitos outros dias como o de ontem, e o que me dá a certeza disso não é o título de agora, mas o que vejo dele desde 2019.

Há uma frase da escritora americana Willa Cather, em seu livro “O Pioneers!”, que diz que “Existem apenas duas ou três histórias humanas, e elas vão se repetindo sem parar, teimosas, como se nunca tivessem acontecido antes.”

Existe mesmo um certo script na história de vida dos grandes líderes, que sempre se repete, independentemente do personagem em questão.

Começa com o sujeito defendendo uma ideia que vai na contramão do senso comum, desafiando a lógica e nadando contra a maré. Por isso ele é atacado, criticado, julgado e perseguido.

Como ideias novas demoram para gerar frutos, o sujeito tem a sua crença e resiliência testadas por várias derrotas e percalços, que inflamam ainda mais os críticos e testam ainda mais o seu caráter.

Mantendo-se firme em sua convicção e trabalhando duro pelo que acredita, os resultados começam a aparecer e muitos dos antigos perseguidores começam agora a dizer que sempre acreditaram em suas ideias inovadoras, ou dizem simplesmente que mudaram de ideia porque todo mundo tem esse direito e passam a aplaudir quem antes atacavam.

Temos tudo isso na trajetória de Diniz.

Passou por vários clubes sempre defendendo a mesma filosofia e fiel as suas crenças. Como não ganhou títulos expressivos até este ano com o Fluminense, foi demitido de vários lugares pelos quais passou, mas continuou defendendo o que acredita e trabalhando duro para implantar suas ideias.

Sempre recebeu muitas críticas dos jornalistas esportivos e virou alvo de muita chacota, principalmente quando sua ideia de jogo não era bem executada pelos jogadores e suas equipes acabavam derrotadas.

E ele sempre fiel ao que acredita e trabalhando duro.

No meio disso, sempre há algum episódio que testa a humildade do indivíduo.

Recebeu o convite para ser técnico interino da seleção brasileira, o auge para qualquer treinador, mas já sabendo que só esquentaria a cadeira para Carlo Ancelotti, vitorioso treinador italiano que atualmente comanda o Real Madrid, da Espanha.

Ele começou seu trabalho a frente da seleção nacional e o que estamos vendo é o mesmo roteiro se repetindo: começa mostrando uma ideia nova, os fracassos se sucedem, as críticas se intensificam e ele segue sendo testado em seu caráter e ideais, mas não renuncia ao que acredita.

Mas há um tempero especial nesta história e que dá o tom da verdadeira liderança de Diniz: a preocupação com o ser humano.

Os grandes líderes têm isso. Mesmo sendo atacados, pensam no bem-estar coletivo e trabalham para que o melhor do ser humano aconteça.

Diniz sempre fala sobre a preocupação com o ser humano que é o jogador de futebol e como a prioridade dele, a qual nos incentiva a pensar da mesma forma, é o aspecto humano dos atletas.

Ele vai dar certo. Já está dando. É só prestar atenção no roteiro.

Nada nunca é fácil na vida de um líder. Existem muitos revezes e testes da vida para sua humildade, caráter e resiliência. Mas com crenças, valores e princípios fortes, resiliência, muito trabalho duro e respeito ao ser humano, conquista-se o objetivo.

Torço para que ele permaneça como técnico da seleção. Acredito que temos mais chances de voltar aos dias de glória também com a amarelinha se tivermos este grande líder por lá.

Quanto ao maremoto de críticas, fica o velho ensinamento atribuído a Winston Churchill, famoso primeiro-ministro do Reino Unido durante a Segunda Guerra Mundial, em que diz que “Você nunca vai chegar ao seu destino se você parar e atirar pedras em cada cão que late”.

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